quarta-feira, 11 de abril de 2012

Quem tem fé, tem tudo - Anencefalia, o que pensar?

Quando não estamos vivendo uma situação é muito mais fácil encontrarmos uma opinião e mentalmente "resolver" o problema do outro que está passando pela tal ...

Começou hoje, dia 11.04, no STF o julgamento da ADPF 54, que trata sobre a a interrupção terapêutica da gravidez em caso de gestação de feto anencéfalo. 

Antes de conhecer um caso em que um feto diagnosticado com anencefalia sobreviveu e ainda vive, hoje com 2 anos, 2 meses, 4 semanas e 1 dia, eu era favorável, nos mesmos termos do voto do Ministro  Marco Aurélio Mello, relator do processo em discussão "Aborto é crime contra a vida em potencial. No caso do anencefalo, não existe vida possível. O feto anencefalo é biologicamente vivo, por ser formado por células vivas, mas juridicamente morto, não gozando de proteção estatal" 

Nesse momento mudei completamente de opinião ... sou completamente contra a interrupção da gestação em caso de feto anencéfalo ... devemos respeitar a VIDA e a vontade de DEUS em primeiro lugar.

Ao contrário do especificado pelo relator, no trecho do voto proferido e transcrito acima, no caso do anencéfalo EXISTE SIM VIDA POSSÍVEL!



Como cristã afirmo que a vontade de Deus deve ser respeitada em todos os sentidos.

Descobri que existem diversos graus de anencefalia, que fetos anencéfalos podem morrer no útero ou sobreviver por segundos, minutos, horas, dias, meses e até anos dependendo do grau de anencefalia existente.

Qualquer um que tenha um pouco de fé, ao ler a história contida no blog indicado, onde se conta a história de uma família de Deus, batalhadora e que deram força ao sobrenatural para que Deus pudesse operar Seus milagres na "Vitoria de Cristo"- nome da bebê anencéfala, hoje com 2 anos de idade- deve combater o aborto nos termos do que quer aprovar a ADPF 54.

Hoje, como mãe, tudo que menos imagino é perder minha filha - Deus, proteja sempre nosso bebê - mas, se existisse a possibilidade de viver o que vivi apenas nos 9 meses de gestação, de troca, de amor, de chutes, de convivência com ela dentro de mim, ou apenas no momento do parto, onde trocamos o primeiro olhar, onde ouvi de longe seu choro sufocadinho e tive a certeza de que tinha nascido pra ela e ela pra mim, ou apenas nos dias difíceis de UTI onde crescemos, nos superamos, nos amamos ainda mais e acima de qualquer coisa aprendi a respeitar ainda mais a minha filha como um ser independente de mim, independente da minha vontade e completamente entregue e filha sim de Deus, nosso Pai e Criador eu o faria, em respeito a ela, Ana Beatriz, que hoje, pela vontade de Deus e por Seus designíos está comigo e assim permanecerá por muitos e longos anos - Amém - mas se assim não o fosse, agradeceria a Deus por ter podido viver os momentos que com ela vivi.

Então, vamos refletir não só como operadores do Direito, mas também como cristãos e pais que amam mais do que tudo os seus filhos que tiveram a oportunidade de nascer sãos e saudáveis.


NÃO AO ABORTO DE FETOS ANENCÉFALOS

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